terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ofício

Escrever é arte deveras nobre. Não se trata de descrever um sentimento de forma poética, mas de simular o que nunca poderemos sentir de fato. Escrever é desenhar em parede sempre branca, com tinta nem sempre preta. É não seguir a ordem. Ou segui-la de uma forma que só você saiba. Seja em verso ou em prosa, frente ou verso, de ponta a cabeça ou outra forma qualquer. Escrever é dizer, mesmo sem ter nada pra falar. Um grito da própria alma, mas sem revolta. FALAR, DIZER, GRITAR. Eis o ofício. Para escrever não pense muito. Não haja como em vestibulares e em redações, como se houvesse uma maneira correta de escrever. NÃO HÁ! O medo do erro trava a escrita e o belo passa a ser forçado. ESCREVA! Pela liberdade total de sua própria existência... Escrever é tirar a razão e o coração e deixar a tinta solta. Escreva e não apague! Jamais apague uma escrita. Sempre terá uma utilidade para toda escrita bruta... E assim são os poetas! E como estou longe deles! E como estou longe de mim mesmo!

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